"Acredito que o intercâmbio acadêmico na América Latina é tão enriquecedor quanto em qualquer outro lugar", afirma Graciela Guillén sobre sua incrível experiência.
Graciela Medina Rivera Guillén é aluna ingressante em 2015 da UFBAC no Bacharelado em Ciências e Humanidades, e realizou sua primeira mobilidade acadêmica no Peru. Encantada com a América Latina, ela foi selecionada alguns quadrimestres depois para a mobilidade acadêmica no ITM, onde estudou na Facultad de Ciencias Económicas Y Administrativas. Confira abaixo a experiência de Graciella e inspire-se para estudar na Colômbia.
"Desde antes de entrar na universidade eu já sonhava com estudar fora, meus olhos brilhavam cada vez que eu ouvia uma história de algum conhecido que havia tido uma experiência assim. Meu sonho virou realidade quando um ano depois de entrar na UFABC fui estudar um semestre na Facultad de Ciencias Sociales da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, que fica em Lima (Peru) e é a universidade mais antiga da América do Sul. Tive a chance de ter aulas inspiradoras com professores reconhecidos a nível nacional e regional, conheci muito de uma nova cultura (além de, também, me reconhecer nela) e fiz amigos não só peruanos mas também mexicanos, alemães e colombianos. Esse intercâmbio, definitivamente, mudou a minha vida! Para mim, nossos países vizinhos nunca foram uma segunda opção, e a verdade é que tive uma vivência tão maravilhosa no Peru que quis continuar minha descoberta pelo universo acadêmico latino-americano.
Quando a ARI publicou o edital de bolsa para estudar no Instituto Tecnológico Metropolitano em Medellín, Colômbia, eu não pensei duas vezes! Já havia muito tempo que eu queria conhecer o país e, especificamente, essa cidade. Me inscrevi e tive a sorte de ser aprovada com outros dois alunos da UFABC com quem vivi durante o intercâmbio e que viraram grandes amigos! Essa experiência em Medellín, em particular, foi super enriquecedora para mim enquanto estudante de Políticas Públicas: além de poder estudar em uma universidade com uma infraestrutura muito boa, com professores super preocupados com a minha integração (essa parte foi muito importante porque me matriculei na faculdade de Ciências Econômicas), o fato de não somente "turistar", mas viver em uma cidade com um passado de muita violência que ao longo dos últimos anos tem se reinventado e implementado políticas inovadoras (há alguns anos Medellín foi nomeada a cidade mais inovadora do mundo) de cultura, transporte e etc para enfrentar suas vulnerabilidades e fortalecer suas potencialidades, foi fundamental para minha formação profissional.
Me apaixonei pela Colômbia e quis ficar mais um semestre, só que em outra cidade. Vivi em uma cidade menor, com uma realidade muito diferente mas que também me propiciou uma experiência maravilhosa. Estive um semestre na Universidad Santo Tomás, que tem um rede de suporte muito forte para receber o estudante intercambista e pude desenvolver um trabalho muito interessante em uma das matérias cursadas, contando com a participação, inclusive, da Secretaria de Políticas para Mulheres do município de Villavicencio.
Acredito que o intercâmbio acadêmico na América Latina é tão enriquecedor quanto em qualquer outro lugar. Apesar de crescermos sendo ensinados a olhar sempre para outros lados, precisamos aprender a valorizar a produção científica de nossos "hermanos", com quem também temos tanto o que aprender. Além disso, muitos países da América Latina enxergam o Brasil como um referencial em muitos aspectos e, por isso, é muito legal ver o quão interessados estão em nos ouvir também."
Redes Sociais